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   sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Quando eu tive uma rádio pirata.



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:X: Acho que todo mundo que mexe por hobby ou trabalha com eletrônica, pelo menos uma vez na vida montou um transmissor de FM por mais simples que este possa ser.

Esta placa é o famoso Micro Transmissor de FM que foi publicado na Revista Eletrônica (Saber).  Depois ele virou o famoso Scorpion.

Essa placa é a original da revista, observe a bobina impressa para facilitar o trabalho dos menos experientes. Esta placa vinha como brinde no numero 56 da Revista Eletrônica, pela editora Saber.

Uma curiosidade desta placa é que ela não usa microfone de eletreto e sim um fone de ouvido de cristal adaptado como microfone. Por isso ela tem um pré-amplificador com um BC548, que foi removido no Scorpion pois o microfone de eletreto já tem um sinal suficientemente forte pra modular o oscilador.

O circuito é o clássico oscilador Pierce em base comum. Este foi publicado a exaustão em toda e qualquer revista de eletrônica. Acho que não tem um ser que mexe com eletrônica que não viu esse circuito pelo menos uma vez na vida. :-P

Minha primeira experiencia com transmissor foi com um circuito valvulado para AM que está publicado na revista Experiências e Brincadeiras com a Eletrônica Junior, numero 11. Isso foi lá por volta de 1986 ou 1987. Lembro-me de ter pentelhado alguns técnicos de TV pra conseguir as válvulas. :tooth:

Os restos desse transmissor ainda existem. Está em estado lastimável. Pois eu o montei em um “chassi” feito de eucatex e a enchente de 2008 se incumbiu de arrebentar tudo. Dê um desconto que esse treco ai está com 39 anos, ficou submerso por algumas horas. E eu tinha apenas 13 anos quando montei isso ai. Como se pode ver abaixo, sobrou um monte de lixo. Mas penso em reaproveitar as peças que ainda estiverem boas e fazer algo similar a capa da revista.

Mas a coisa se tornou “séria” por volta de 1990, quando já estava experimentando circuitos para FM, e foi publicado na revista Eletrônica Total, o transmissor de FM Stereo. Os olhos brilharam e as lombrigas ficaram alvoroçadas!

Lembro que levou alguns meses pra conseguir juntar o dinheiro, comprar as peças, desenhar o circuito impresso na mão e montar esse transmissor. E nessa época mais um amigo, o “Pardal” resolveu se juntar nessa bagunça e montou um também.

Obviamente duas coisas aconteceram. Primeiro que a gente não se contentou com o BF494 no oscilador/transmissor. Tacou logo de cara um 2N2218 e com 12V. Isso não deve ter passado de uns 500mW porém com certeza ficou muito mais potente que o BF494 }:D , mas já foi o suficiente pra fazer um bom estrago.

Usamos na época uma antena plano terra, cortada para a freqüência. Não medimos a estacionária, pois nenhum de nós tínhamos medidor de onda estacionaria, pois custava caro e era difícil de comprar aqui na roça.

A distancia do teste foram “espantosos” 1,34Km em linha reta, mas levando-se em conta que os ditos transmissores para até 100 metros nunca passavam sequer dos 10 metros de distância, até que esses 1,34Km é uma boa distancia. Mas o fato é que escutei o sinal vindo da casa do Pardal, num rádio toca-fitas Roadstar RS-9300DX montado numa daquelas caixas “corujinha” e ligado a uma antena plano terra em cima do telhado.

Esse ai é o lendário Roadstar da escuta, sim eu ainda tenho ele. Vai ser restaurado uma hora dessas. :D

A segunda coisa é que o circuito não funcionou exatamente como o descrito. Não sei o motivo ao certo, mas o oscilador com o CD4093 não oscilava nos exatos 76kHz necessários, e não “dava stereo”. Na época sem a gente saber muito de eletrônica (e lembre-se, internet não existia ainda) acabou modificando o circuito e substituindo o CD4093 por um LM555. Ai conseguimos os 76kHz, acendia o led stereo dos receptores, mas nada de separação de canais. Como sempre, as revistas da Saber tinham erros nos circuitos. No fim acabava-se aprendendo mais ainda, pois você tinha que consertar os circuitos! :sarcastic:

Cheguei a montar outro projeto de uma placa multiplex (é o circuito que junta os canais esquerdo e direito e faz o sinal stereo, vulgarmente chamado de sinal MPX) publicada na revista Eléctron 21 (1988) e também não consegui a separação de canais. Hoje eu sei o motivo que não dava separação, a culpa era a pobre banda passante do transmissor que matava parte do sinal MPX, que se estende até por volta de 53kHz. Mas isso não vem ao caso agora.

Uma coisa é estes transmissores oscilador livre não param na freqüência por nada. Variou a temperatura, muda, variou a tensão, muda, variou a umidade relativa do ar, muda, mudou a posição do rabo da lagartixa, muda a freqüência.

Por volta de 1993 um outro amigo (Douglas) apareceu com um transmissor de FM cristalizado, na freqüência de 107.3MHz. Era um circuito com aparência muito antiga, olhando hoje o circuito dá quase certeza que foi algum radioamador que montou aquilo, devido as técnicas incomuns que não apareciam nas revistas. Eu e um outro amigo (Junior) enquanto não conseguimos pegar esse transmissor do Douglas pra levantar o esquema não sossegamos. O mais legal, esse transmissor além de muito estável, já usava um PA com um 2N6082!

Enfim um certo dia conseguimos pegar o transmissor emprestado. Ele era montado por um sistema que os radioamadores chamam de ilhas manhattan. Consiste em pequenos pedaços de placa de circuito impresso coladas em cima da face cobreada de uma outra placa de circuito impresso. E você vai soldando as peças nessas ilhas. Fica uma montagem meio feiosa, mas funciona muito bem pelas baixa indutância distribuída.

Ai veio o problema, onde conseguir os cristais em 1993? Sendo que nem telefone a gente tinha em casa. A solução foi transformar o oscilador a cristal em um oscilador livre e assim nasceu uma lenda chamada DX25. Esse era o nome do transmissor. Ele parecia dar cerca de 25W, mas acredito que era menos, algo perto de uns 15 a 20W.

Essa foto é o DX25 do Junior, ele tem essa foto guardada da época. Um fato curioso é que essa caixa não tem uma medida padrão apesar de lembrar um gabinete 19″. As chapas a gente comprava num ferro-velho aqui já cortadas, eram chapas de uma fabrica de escapamento de carro que sei lá o motivo foi parar lá. Eram chapas novas. E a caixa era toda montada com solda de estanho nos cantos. O painel era feito com Letraset branco.

Mas ainda restava o problema do stereo. Os circuitos das revistas não funcionaram e foram pra caixa de sucatas. Nessa época o Pardal conseguiu uma placa MPX original da Telavo, junto veio o esquema. Pra nossa surpresa essa acabou funcionando depois de muito apanhar pra ligar ela. Lembre-se que naquela época era tudo mato, ninguém tinha muita informação e o que tínhamos vinham das revistas.

Claro que a gente deu um jeito de clonar essa placa.  Mas claro que os clones tiveram que ter modificação. De novo o problema era o cristal. A placa usava um cristal de 2.432MHz para dividir e obter os sinais de 38kHz e 19kHz necessários para o MPX. A solução foi capar o cristal,  o CD4060 e acrescentar o oscilador com um ressonador de 455kHz e o CD4018 copiado do projeto da Eléctron 21.

Restava resolver o problema do oscilador livre, mas a gente já estava no ar (Eu, Pardal e Junior) cada um com seu transmissor e com stereo funcionado de verdade! E tome pirataria. :X:

Nesta época eu já trabalhava a algum tempo com conserto de Rádio PX e me baseei no circuito do PLL do SuperStar 3900 e fiz um PLL pra FM do meu jeito. A saída do mixer do VCO gerava um sinal entre 17 e 21MHz de acordo com a tabela de jumpers do PLL e fiz um circuito multiplicador por 5 que finalmente chegava na faixa de FM. Pois 21 x 5 = 105MHz! Aleluia! Finalmente freqüência estável!

Em 1993 eu comecei a retransmitir de forma pirata a Jovem Pan de Campinas – SP, lembro-me que utilizava um rádio gravador  pra receber a JP Campinas que ficava no inicio da faixa e retransmitia o sinal em 106.1MHz. A antena já não era mais a velha plano terra, já tinha passado para uma colinear com dois dipolos. Cobria praticamente a cidade toda! Essa farra durou até o final de 1994, quando cansei da brincadeira e fiquei sabendo que ganharíamos uma franquia oficial da JP aqui na cidade. Nisso o velho DX25 pendurou as chuteiras e eu acabei vendendo pra um sujeito de Santa Rita do Passa Quatro que queria ser pirateiro por lá, nunca mais tive notícias. Depois em alguma data incerta, acabei montando as placas para um segundo DX25, mas nunca o encaixotei, a vontade de ter uma estação pirata já tinha ficado pra trás e eu já estava me enveredando para o lado do radioamadorismo. E a placas foram parar também na caixa de sucatas.

Bem o crime de pirataria já prescreveu, né? :-o*  Já se passaram 30 anos .:lol:. os sinais que irradiei naquela época se conseguiram escapar para o espaço,  já passaram muito tempo a galáxia de Andrômeda. Os sinais já percorrem 30,21 trilhões de quilômetros! O curioso que ~30 trilhões de quilômetros são 1 Parsec!

Algum ET lá por aquelas bandas pode estar dançando ao som de Corona – The Summer Is Magic .:lol:.

Quando fiz a mudança da oficina em Novembro de 2017 acabei encontrando as placas do DX25. E as guardei em uma caixa pensando, um dia eu remonto ele. 8-)

Tem ai nessa caixa, a placa MPX, clone da Telavo (a placa com 4 bobinas Toko), o protótipo do PLL (A placa com 3 bobinas Toko e jumpers pretos) o velho transmissor montado em ilhas manhattan, a placa do PA que está sem o transistor de potência, o filtro de harmônicos (a caixinha com os cabos pretos) e o veeelho transmissor stereo da eletrônica total (a placa original, a primeira)

As placas uma a uma:

Este é o projeto da Eletrônica total 27. Observe a direita o LM555 enfiado na porrada no lugar do CD4093. A placa foi desenhada na caneta, teve um monte de modificações. Tem os rabiscos com a data: 03/08/1991. Essa placa não pretendo restaurar, só lavar, dar uma limpada e guardar assim mesmo.

Cheguei a fazer uma segunda placa dessa em Novembro de 1991 para um dos trabalhos de laboratório do curso técnico em Eletrônica (na Escola de Comercio, Prof. Hugo Sarmento)

Essa placa já está meio que restaurada, pois a utilizei pra desvendar o porque diabos esse circuito não dava separação de canais. E o culpado, obviamente são pequenos erros no circuito.

Primeiro o oscilador com o CD4093. O circuito parece ser muito dependente das características do CI (muda de um fabricante pro outro) e a freqüência fica muito, mas muito acima dos 76kHz. O valor de C1 teve que aumentar pra cerca de 2nF. Falta um resistor em série com o cursor de P3, pois o ajuste de P3 interfere no ajuste de P2. O sinal entrando pelo emissor do Q3 também não é funcional, o áudio fica extremamente baixo, o melhor é injetar na base do oscilador. E o mordomo é o capacitor C10, 10nF é muita coisa e mata muito do sinal MPX, seu valor deve ser abaixado pra 1nF ou 470pF. Ai essa desgraça passa o sinal MPX e separa os canais. :yahoo:

O MPX copiado do Telavo, olhe só as trilhas todas feitas a mão e as gambiarras pra poder colocar o CD4018 no lugar do CD4060. O pior que a placa original tinha esse formato curvo nas trilhas, esse desenho é uma cópia praticamente fiel da original.

Esses jumpers de fio por baixo, é porque esta placa recebe alimentação de +12 e -12V pelos dois lados.

O velho o transmissor montado em ilhas manhattan. Estava sem o transistor driver e o transistor final. Observe que o fundo é uma placa de cobre estanhado e foram grudadas pequenos quadrados de placa para servir de pads e os componentes são soldados nesses quadradinhos de placa.

O filtro de harmônicos e o amplificador de 25W. Olhe só o exagero da bitola do fio da bobina e o BY127 (diodo verde no canto superior esquerdo). :ninja:

O PLL protótipo, se olhar as peças, é “uma de cada pelo”. Coisa típica de coisas montadas a partir de sucata. :-o*

E chegamos a dezembro de 2024… :time: chegou o dia que resolvi remontar o velho DX25. :coffe:

O amigo Bilon me arrumou uma caixa de um velho receptor de satélite e montei tudo nela, e no capricho. O que não tinha conector, ganhou conector, os chicotes, todos amarrados, nada de fio solto. Reaproveitei até a fonte chaveada do receptor, mas tive que dar um bom upgrade nela pra conseguir mais corrente.

Foi preciso trocar um monte de peças, tinha muita coisa deteriorada, como os capacitores eletrolíticos por exemplo, trimmer, trimpot, olhe o estado do soquete de 8 pinos. Tá verde! 8x   Essas placas também foram afetadas pela enchente de 2008. :rain:

Lá em 1992 de mais avançado eu tinha era um frequencimetro. Hoje a gente tem ferramenta melhor, mais avançada, ai estou analisando o filtro de harmônicos. Até que está bem certinho! Ele não tinha conectores RCA, adaptei dois nele pra ficar mais bonitinho e prático de montar.

Naquela época, VU era de ponteiro ou com IAA180. Hoje, você compra um VU cheio de frescura na China, até com indicador de pico. Claro que pra receber o sinal na bancada na carga fantasma, apelei pro velho Boksonic TSG-45, que por sinal esse também é da época. Era ele mesmo que utilizava. Olha ali uma segunda placa PLL… :-o* de época também. Mas a que é o protótipo, esta no transmissor. Sei que é ela por causa da salada de peças de sucata, cada uma de um jeito.

O DX25 agora virou DX15 por um simples motivo. A fonte chaveada que era original do decoder de satélite, mesmo com todos os upgrade que consegui fazer nela pra tirar mais corrente, não agüenta mais do que 15W. O wattímetro Buzz 50 indicando 15W e o freqüencímetro Linear FL1000 indicando a frequencia do transmissor.

Colocar o DX15 no ar novamente? Não, nem pensar. Não tenho mais saco pra isso. Remontei ele mais por nostalgia e pra preservar as placas que estavam abandonadas.

Tenho ideias de montar algum outro transmissor? SSIIIIIMMMM… inclusive já comecei. Só que esse vai ser o “the ultimate”. Vai ter tudo o que tem de direito. }:D tudo que sempre quis e não foi possivel. Vai ficar melhor do que muito transmissor de algumas rádios por ai.

Alias tem mais coisas que eu omiti nesse texto, de transmissores que montei, mas isso não encaixa muito no contexto do que eu queria escrever acima, fica pra uma próxima oportunidade ou um complemento deste texto.

 



   quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Atualização no Post “Os manuais da Ibrape.”



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Foram disponibilizados mais dois novos manuais de kit da Ibrape na postagem Os manuais da Ibrape.

O M-301 e M-302.

Como eu já disse por lá e volto a dizer por aqui, SE VOCÊ TEM ou SABE de algum outro kit ou manual que não conste na lista, e puder colaborar, agradeço!

Alias, qualquer coisa da finada Ibrape. Serve manuais, folhetos, catálogos, datasheet, etc.



   quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Ganhei este tapedeck de um amigo, fiz o conserto dos defeitos, trocas de correias, mas não estava gostando de algumas coisas.

Primeiro o VU meter dele é meio sem graça, fundo preto com caracteres brancos. Meio mé. :-z

Segundo, o cassete não tem iluminação.

A primeira parte sendo resolvida:

Nesse ponto apenas o VU esquerdo estava pronto, olhe o VU direito, que sem graça.

Agora com os dois prontos e a iluminação também feito upgrade.

Fica muito mais bonito, né? 8-)

A segunda parte, iluminação no alojamento do cassete:

Ficou beeeem melhor! 8-) E o melhor, todas modificações são reversíveis, não é feito nenhum furo novo.



   sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Recuperando uma placa de portão eletrônico.



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A alguns dias ganhei uma caixa de sucata de um amigo e no meio da tranqueira veio uma placa de portão eletrônico da Peccinin.

Achei a placa curiosa porque ela tinha duas mini-contatoras, coisa que não é comum de ver em placas de portão, geralmente são só pequenos relés.

É uma CP4030 da Peccinin. O defeito? Fonte estourada por raio! :rain:

Ela já estava sem o CI da fonte (TNY275), sem o opto-acoplador (PC817), sem o termistor NTC e o varistor (360V).

O capacitor de filtro de 10uF x 400V estava estufado.

Troquei essas peças, tinha tudo aqui no estoque, e quando liguei pela primeira vem na lâmpada série, achei estranho pois deu um pequeno brilho na lâmpada, até pensei, tá meio exagerado pro consumo mínimo que essa placa deve ter em espera.

Assim que liguei ela direto no 220V, deu um estouro tão grande que rachou o termistor NTC e chegou a derrubar o disjuntor de 25A da bancada! A ponte retificadora que eu não tinha conferido estava com alguma fuga, e quando mandei 220V direto nela, entrou em curto e fez o estrago. *~O

Troquei a ponte e o termistor NTC de novo e pronto, ai funcionou tudo certinho. Comprei um controle remoto pra ela, testei e tudo 100%. Vou utilizar pra automatizar o portão de garagem da oficina que preciso construir urgentemente!



   quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Os projetos da discórdia!



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Uma coisa que muita gente não entende, é quando a gente faz alguma coisa é por algum motivos simples:

  1. Pelo prazer de fazer
  2. Por não ter para comprar
  3. Por não atender o que precisa
  4. Porque eu quero fazer

Bem, eu precisava de duas réguas de tomadas aqui pra casos bem, muito bem específicos.

O primeiro deles era pra ligar na nova bancada da oficina pequenos instrumentos que, não usam tomadas com aterramento e consomem um miséria. Ligar coisas do tipo, frequencímetro, gerador de funções, wattímetro digital, coisas assim.

Usar um filtro de linha padrão 3 pinos, principalmente os padrão Nema 5-15, pra quem não sabe, aquelas tomadas que usavam antes de nos enfiarem goela abaixo o pino jabuticaba de 3 pinos, o que eram usados principalmente em informática, estava fora que questão, um desperdício completo já que não precisava do pino de aterramento.

Usar então uma gambiarrinha com adaptadores do tipo T também estava fora. Então o jeito foi fazer uma reguinha pequena no jeito que me atendia. Esta aqui:

Pra usar onde? Com falei, no nicho da bancada onde ficam os instrumentos. Isso tudo pra ligar 5 instrumentos de baixíssimo consumo.

Está sobrando uma tomada vaga ai porque olhe o pino ao lado direito sem conectar, é um multímetro digital de bancada de um curso de eletrônica antigo, que preciso consertar, então não liguei pra não aumentar os problemas dele.

Do que isso foi feito? Uma caixinha reaproveitada de um reator eletrônico de lampada fluorescente, as tomadas eu tinha na gaveta aqui, com comprei a muito tempo do Deal Extreme, o cabo com o plugue saiu de uma sucata de TV.

Qual o custo disso? Só as tomadas, que eu já tinha comprado a muito tempo e só estava empoeirando na gaveta. O resto tudo é tudo reciclagem e foi cerca de meia-hora pra cortar a caixinha e montar tudo.

O segundo caso é o o meu PC. Como estou pra modificar toda a rede ethernet aqui da oficina, vai ser uma dança de roteadores, tudo pra passar meu PC para uma ethernet Gigabit e ligar um roteador Wi-Fi Gigabit e dual band (2.4GHz e 5.8GHz).

Nesse caso vou precisar de 7 tomadas, todas com pino de aterramento. Mas tem o problema do consumo! Como tudo vai ser ligando em uma única tomada Nema 5-15 na parede, precisa ser uma régua REFORÇADA!

Todas réguas que eu tenho aqui a maior delas tem 5 tomadas, ia faltar duas. Sem falar que ela são fraquinhas no quesito corrente. O cabinho de força delas é de 1,5mm² no melhor dos casos.

Qual a solução? Vamos fazer uma que serve no meu caso. Essa abaixo:

O que usei nisso? A “caixa” é um retalho de um condutor de calha retangular de chapa galvanizada que catei numa caçamba de entulho onde peguei uns retalhos de chapa galvanizada, era de um casa em construção onde o calheiro tinha acabado de fazer o serviço dele.

O bloco de tomada foram retirados a muito tempo de duas sucatas de “estabilizador de tensão” que desmontei pra reaproveitar o que dava. O interruptor nem lembro de onde saiu, estava na gaveta de chaves. É aquele do tipo disjuntor que desarma de exceder o limite de corrente dele.

O cabo é um pedaço de 1,2 metros, de um cabo  PP trifásico de 2,5mm² que saiu da limpeza da oficina de um amigo que trabalha com telefonia (saiu muito mais coisas!). E a tomada Nema 5-15 ganhei de um outro amigo, era de algum aparelho hospitalar que foi trocado pelo padrão jabuticaba. 8x

Novamente, custo zero. Foi só o tralho de cerca de 90 minutos pra cortar o condutor de calha, transformar ele em uma caixinha, e soldar todos os fios e montar.

Agora a “piada”. Dois amigos que enviei as fotos da primeira régua, só faltaram me crucificar em praça pública dizendo que “não compensa fazer isso em casa”. Que era mais barato comprar pronto. X-P

Comprar pronto se eu achasse algo nos moldes que eu queria. Mas ai ia ter que desembolsar dinheiro.

Do jeito que fiz, saiu tudo de graça! 8-)

E me atendeu em 100%

Edit: Só pra lembrar, eu quero que se fuêda a nbr1436 e o tridente do capeta.



   quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Indo ao “shopping center” – 19



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Vocês estavam com saudades das visitas aos “shopping center”? :D Então vamos lá. Essa semana visitei um “?shopping”em uma cidade vizinha aqui, um amigo aqui que já tinha visitado ele, me contou algumas coisas que ele encontrou lá e me chamou pra uma visita.

E foi uma festa! Vamos aos achados/recuperados:

Achei estes sistemas de lampadas de emergência autônomos, bem interessantes, você o instala na sua calha com lampada fluorescente já existente, com uma bateria NiCD de 6V x 7Ah (veio junto). Enquanto tem energia, o sistema fica desligado e carrega a bateria e chaveia a lampada para o reator que já existe e ela funciona normalmente. Se acaba a energia o sistema entra em funcionamento e a lampada fica ligada usando o inversor.

Já instalei um deles na calha de fluorescentes que fica sobre a bancada. Ficou uma belezinha!

Também peguei este trequinho aqui:

Pelo em entendi isso é usado em automação, e serve pra conectar um ponto remoto a outro usando Wi-Fi. Tem algumas coisas como porta RS-485, terminal serial, uma a porta I/O digital. Mas o mais legal é que ele funciona também como um AP! E o radio dele usa uma placa mini-pci da Ubiquiti de 400mW em 2.4GHz. Será promovido a roteador de Wi-Fi aqui na oficina, pois uso o velho DLink DIR300 com o DDWRT, mas o bicho é ruim de sinal, lá no quintal o sinal Wi-Fi falha na garagem.

Outra coisa foram esses conversores de mídia:

Eles são usado pra converter Ethernet via cabo para link fibra ótica dual ( cabo é RX e outro TX). Não sei o que vou fazer com isso ainda. Talvez tentar vender pra alguém que precise. Ou se ninguém quiser, quem sabe reaproveitar as caixinhas.

Encontrei também alguns componentes eletrônicos:

Um saquinho com leds azuis (eca!) de 10mm. Tem uns 4o leds mais ou menos ai.

E mais estas pecinhas:

Terminais Faston, essas lampadas Neon NE-2 verdes que por sinal são difíceis de achar pra comprar e esses 3 capacitores de 18000uF x 35V saíram de uma placa sucata que não tinha mais nada de interessante ou aproveitável.



   sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Indo ao “shopping center” – 18



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Indo ao “shopping center” – 18



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Não foi bem uma visita ao shopping center, mas sim algumas “inspeção de caçamba”. Mas me apareceram com essa imagem e lembrei que tinha algumas coisas pra postar aqui.

Um vizinho aqui da oficina jogou na caçamba de entulho esse ventilador/climatizador.

Qual era o defeito? Na porta traseira por onde acessa o reservatório de água e a tela que faz a evaporação existe uma pequena chave que desliga o climatizador, para que os idiotas não enfiem o dedão no ventilador girando…

Que eu fiz? A chave era meio alienígena. Simplesmente dei um bypass na chave e pronto. Tá funcionando maravilhosamente bem!

Observe que tem duas caixas de som a direita do climatizador. Essas caixas também vieram de uma caçamba. Eram de algum 3 em 1 CCE dos mais vagabundos. Problema das caixas? Só o “pé” que estava esfarelando, como vou usa-las pendurada na parece, removi os restos do pé e pronto.

Uns tempos depois em outra inspeção de caçamba, achei estes dois alto-falantes:

Problemas? O estúpido que os guardou, deve ter colocado um em cima do outro, e o peso (e atração magnética) amarrotou o cone do que ficou embaixo. Os amarrotados ficaram moles e decentralizava o falante. Fiz um “endurecimento” do papel com cola de cianoacrilato, uma demão de tinta latex pra melhorar a aparência e pronto. Como vai pra dentro da caixa de som, o tecido ortofonico da tela frontal esconde praticamente tudo, não vai dar pra ver nem a cor azul escuro.

E como alto-falante é pra ouvir e não pra ver… está perfeito!

Tive que fazer uma pequena “adaptação” na caixa pra caber o falante novo e maior.

Comparando o alto-falante original (e safado) das caixas da CCE com esses novos:

As caixas ficaram top! Vou usar no “kit” multimídia do PC. :tooth:

Os comentários do blog ainda estão com pau, não tive tempo/saco pra consertar.

O sistema de comentários foi consertado.



   segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Lâmpadas.



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Lâmpadas.



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O que vocês geralmente fazem com lâmpadas CFL ou de LED quando elas “queimam”? :-?

Bem, eu costumo desmontar pra retirar o reator eletrônico, para reaproveitar o toroide que tem neles. Mas nessas idas e vindas desmontando lâmpadas, você se pergunta, porque não tentar consertar, se não estiver muito “torrada”?

Pois bem, passei a fazer isso a algum tempo atrás. Em geral eu ganho essas lâmpadas de amigos que naturalmente iram jogar no lixo.

Esses dias estava com uma caixa aqui que juntou umas 15 lâmpadas pra desmontar e ver o que dava pra reaproveitar. Destas aproximadamente 15, consegui recuperar 7 delas, as abaixo.

São 3 LED e 4 CFL. Defeitos?

As de LED com bocal E27 era apenas capacitor estufado ou ESR nas nuvens. A tubular, apenas a bobina do driver estava solta dentro do tubo, essa lâmpada é praticamente nova, e levou um tombo e arrancou a bobina da placa. Umas gotinhas de cola rápida, dois pontinhos de solda e voilà, funcionando.

As CFL. A G&E, reator pifado, troquei um bom que saiu de outra. A Philips, fusível queimado e um transistor em curto. A Osram um diodo em curto e fusível queimado e a FLC também troquei o reator inteiro.

  • Ah… mas compensa consertar? o_O

Bem, tudo ai pro lixo, certo? Em geral verifico se vale a pena da seguinte forma.

LED, basta dar uma boa olhada nos LED, se não estiverem com um “furinho” preto, pega o multímetro analógico e testa um por um. Se estiverem OK, o driver foi pro espaço. O driver em geral estufa capacitor ou morrem em definitivo. Quando é capacitor, troca. Um capacitorzinho de 50 centavos e pronto. Se o driver morreu, pega de uma outra lâmpada led sucata que esteja bom e seja da mesma potencia.

Se tem led pifado, se for um ou dois no máximo, eu troco, pego de lâmpada doadora. Mais que isso vira sucata doadora de peças. Não aprovo o que já vi muita gente fazendo que é tirar o led ruim e colocar em curto, deixando um led a menos.

As CFL, primeiro observo se o “pé” do tubo de vidro não está preto. Se está, é lixo e só tiro o reator. Se não está preto, abro com cuidado e meço a continuidade dos filamento do tubo. Se ok conserto, se aberto, novamente tira o reator e joga o resto na reciclagem.

O reator se perder mais do que 5 minutos nele vai pra caixa de sucatas. Se estiver muito “cozido” (em geral a placa fica marrom) é sucata também. Em geral inspeção visual já se acha os defeitos. Quando tem fusível, se esta queimado, olhar os diodos da ponte retificadora e transistores. Olhe também os resistores de baixo valor que estão ligados nos transistores. Troca o que está aberto ou em curto. Não funcionou? Sucata. No caso de o bulbo estar bom pego outro reator de potencia igual na caixa de sucata e monto no lugar.

A caixa de sucatas pra salvar as candidatas.

Agora respondendo se “compensa”.

Pra mim, sim!

Uma LED custa por volta de 12 a 15 reais aqui no supermercado. Uma CFL de 8 a 12 reais.

Bota a 10 reais cada uma ai… são 70 reais que tirei do lixo. 8-)



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E altamente gambiarrado por mim mesmo :)
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