Sabe quando você apanha, apanha, apanha e quando descobre o problema era algo que parecia ser impossivel o defeito? É… tem muito disso em eletrônica. Depois de literalmente apanhar dois dias de um defeito, eis que descubro o culpado:
Um bendito de um capacitor eletrolítico de tântalo(*) com uma minúscula fuga.
Claro que ele foi tortudo com requintes de crueldade
Eis o resultado:




* Não sabe o que é um capacitor eletrolitico e muito menos de tântalo? Um pouco de cultura (in)util:
Eletrolítico: um filme de alumínio recebe um revestimento de óxido e essa camada de óxido fica em contato com um eletrólito viscoso, mantido por um filme poroso. Um outro filme de alumínio, sem revestimento de óxido, completa o conjunto (os primeiros eletrolíticos construídos tinham eletrólito líquido).
No capacitor eletrolítico, o filme que recebe o óxido é um eletrodo, a camada de óxido é o dielétrico e o eletrólito é o outro eletrodo. O filme seguinte serve apenas para contato elétrico.
Desde que o óxido tem elevada rigidez dielétrica e pode ser depositado em camadas bastante finas, altos valores de capacitância podem ser obtidos em reduzidas dimensões. Há polaridade: o filme revestido de óxido deve ser sempre positivo e o eletrólito, negativo. A inversão ou aplicação de tensão acima da máxima especificada danifica o dispositivo, podendo até explodir (regra geral, a tensão especificada do capacitor deve ser o dobro da de operação).
Usados principalmente em filtros e outros circuitos como temporizadores. São baratos, encontrados em uma variedade de valores, mas a resistência de isolação é relativamente baixa, a tolerância é ruim e outras características tornam inviável o emprego em freqüências mais altas.
Eletrolítico de tântalo: usa o tântalo no lugar do alumínio. Capacitores deste tipo apresentam propriedades superiores aos de alumínio, permitindo o uso em freqüências mais altas. Entretanto são mais caros e os valores disponíveis de capacitância são mais baixos.