Já tem alguns anos que eu comprei alguns barômetros antigos no mercado lixo. O primeiro deles eu comentei aqui neste post. Ele tinha um pequeno defeito que expliquei ai no post e como foi feito o conserto… Já faz tempo! Isso foi em 2004.
O fato é que depois deste ai, eu comprei outros dois, mas do modelo que é conhecido por aqui como “barômetro viola ou violão” devido ao seu formato peculiar.
Estes em geral tem no mínimo 3 instrumentos: Termômetro, barômetro e higrômetro. Alguns tem como “bônus” um relógio.
O segundo eu não me lembro de ter feito fotos, ou comentado dele aqui no blog, este estava perfeito, impecável! Já o terceiro nem tanto… estava (e ainda esta!) cheio de problemas.
– Termômetro quebrado
– Relógio que não funciona direito (esta assim até hoje)
– Falta da chave de corda do relógio (fiz em 2oo6)
O relógio, até hoje não achei ninguém que se habilite a consertá-lo, sem me arrancar os dois rins. Apesar de ser um relógio dos mas safados, ninguém quer mexer. Um dia eu mesmo tento arrumar.
Mas o termômetro era algo que eu fiquei pensando em como resolver. Inicialmente procurei um termômetro de boa qualidade que fosse mais ou menos do mesmo tamanho do original. Mas isso é praticamente impossível. Dai acabei comprando um maior, mas muito bom, da Incoterm.
Ai a questão ficava por conta de COMO refazer a escala do termômetro, mas de forma muito similar a original.
Na época acabei redesenhando a escala no CorelDRAW e a idéia era fazer por silkscreen, ou mandar alguém fresar a escala em uma CNC num pedaço de policarbonato, preencher os sulcos com tinta preta e pintar o fundo de dourado.
Só que essa idéia nunca foi pra frente por não saber onde, ou pra quem mandar esse serviço.
Semana passada não sei qual o motivo esse barômetro voltou a minha cabeça e fiquei matutando um jeito de fazer a escala. Dai… deu um estalo! Porque não tentar laminar a escala, impressa a laser em uma régua de policarbonato? Já usamos isso para fazer placas de circuito impresso. Porem sabemos que a placa de fenolite ou fibra de vidro é mais tolerante ao calor, e o policarbonato nem tanto.
Como o policarbonato não é muito tolerante a temperatura, tive que tomar alguns cuidados. O primeiro deles foi imprimir em um papel que o toner não fixe muito bem. O truque foi usar aquele papel encerado que sobra das folhas de etiqueta adesiva. Imprimi isso na Lexmark T632 (que por sinal preciso falar dela depois, a substituta da minha fiel escudeira, HP 4 Plus).
Para laminar aumentei a velocidade de arrasto do laminador ao máximo que dava e diminui um pouco a temperatura. Fiz uma prova em um pedaço de policarbonato qualquer a aqui e tcham! Funcionou!
Porem se olhar bem de perto da pra ver que apareceram umas pequenas trincas na superfície do policarbonato, talvez fosse melhor ter usado uma temperatura mais baixa ainda ou aumentar mais ainda a velocidade de arrasto. Mas no final até que o rachadinhos deram um aspecto “old” a escala.
Dai faltava apenas pintar o fundo com tinta dourada mais ou menos na cor da original. Só que tem que ser pintado a spray ou revolver de pintura, pois o solvente da tinha ataca o toner, e ele derrete, se pintar a pincel, vai melecar tudo, vai estragar a impressão (eu testei no pedaço que imprimi com prova).
E… veja como ficou depois de montado no barômetro.
Muito legal. Será que se usar uma folha de teflon em cada lado não minimiza os trincados? Eu lembro que quando trabalhava numa loja de cópias, a laminadora detonava o plástico, daí usávamos teflon e ficava muito bom.
Comentários de Leonardo Suárez: 11
Tá ai uma boa questão! Porem no pedaço que eu fiz de prova, eu cheguei a tentar usar alguma coisa (acho que foi uma folha de sulfite) pra “envelopar” o policarbonato e o papel “transfer” e ai não deu, o calor não atingiu o necessário para derreter o toner. Mas, como te disse, boa questão. Pena que eu não tenho folha de teflon aqui pra testar. Mas essa é um técnica que merece ser explorada, da pra fazer painéis maravilhosas pra montagens eletrônicas com isso ai!
Comentários de Luciano: 479
Bacana, heim? Proximo passo…Paineis de projetos impressos a laser!
Comentários de Alexandre 'Tabajara' Souza: 16
Você tem alguma dúvida?
Comentários de Luciano: 479
Opa, já tô fazendo isso e funciona. Só o primeiro que deu um “probleminha” com o ferro de passar da patroa e entortou o painelzinho de uma caixa da Shako.
Comentários de Rodrigo - Voyage: 15
Tem fotos?
Comentários de Luciano: 479
Caramba Luciano, ficou SHOW de bola.
Depois que vi um pessoal usando o processo de trasferencia para fazer case de pedal de guitarra (https://acapella.harmony-central.com/showthread.php?2515576-I-ve-started-a-pedal-etching-tutorial) minha mente se abriu para o processo de trasferencia dá para brincar demais com isso
Comentários de Rodrigo Reis: 23
Pois é Rodrigo! Acho que ainda dá pra explorar muito essa técnica de transferência de toner, veja o que eu também já fiz baseado neste método ai dos pedais de guitarra:
https://www.py2bbs.qsl.br/fone_de_ouvido.php
Veja as chapinhas de alumínio que usei como tampa do fone.
Comentários de Luciano: 479
Ficou muito bom. Parabens!
Comentários de Jefferson Ryan: 44